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Data de publicação: 13 de julho de 2022
Com a reabertura oficial dos comércios, segundo o site oficial do governo brasileiro, a balança comercial do país registrou superávit de US$ 23,30 bilhões no acumulado até a terceira semana de maio de 2022, uma queda de 6,9% em relação ao mesmo período do ano passado. No entanto, a corrente do comércio (soma das importações e exportações do comércio brasileiro) teve um aumento de 23,3% na mesma comparação, representando o crescimento na movimentação comercial brasileira.
Essas diferenças indicam uma recuperação lenta da economia brasileira, como evidenciado pelo avanço de 1% do PIB no primeiro trimestre deste ano. A preocupação do setor comercial quanto à estabilidade econômica pós-pandemia cresce ainda mais com o atual cenário internacional.
O Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgado no dia 6 de junho, representou uma alta de 0,48% em comparação com o mês anterior. Durante o primeiro trimestre deste ano, o saldo de criação de vagas foi positivo para todos os meses. Segundo o presidente do CORE-GO, a economia está virando e para isso, há a necessidade imprescindível do elo entre quem faz o produto e quem recebe o produto, e esse elo é a representação comercial.
Hélio Vicente de Silva, representante comercial de calçados em Goiás e no Distrito Federal, relata que as projeções para o primeiro semestre de 2022 eram bem pessimistas. Entretanto, ele aponta que, apesar das dificuldades enfrentadas, ainda foi possível superar as expectativas mesmo com pequenos números. Alguns desses problemas apresentados por Hélio incluem da falta de matéria prima, a parada das produções na China, a presença de marcas estrangeiras no Brasil e a falta de mão de obra.
Célio explica que o aumento do custo no início deste ano, devido à venda maior que a capacidade de produção, foi um dos fatores que auxiliou na falta de matéria prima. “Há uma retração normal do comércio, quando o produto fica mais caro, mas isso já está sendo vencido,” declara.
Guilherme Ferreira de Lima, representante e consultor de vendas na área de nutrição de gado, explica que devido à característica presencial de seu trabalho, agora, com a possibilidade de estar em campo e fazer a representação pessoalmente sente uma melhora no exercício da profissão. Apesar disso, também nota o reflexo do cenário internacional e do aumento da inflação no comércio brasileiro.
Em uma visão otimista, Guilherme expõe que mesmo com as dificuldades de se adaptar ao uso da comunicação online durante a pandemia, esse aprendizado foi um benefício. Ele diz que não é a intenção seguir só com o comércio por meio da internet, ainda mais considerando sua área de trabalho, mas que agora está mais preparado para situações em que isso se torne necessário.
No artigo complementar, nossos entrevistados falarão sobre as perspectivas para o comércio brasileiro e para a profissão de representante comercial no segundo semestre de 2022. Clique aqui.