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Data de publicação: 27 de dezembro de 2023
Fotos: Imagem de Wayhomestudio no Freepik
Com o fim do ano, diversas despesas anuais e novas responsabilidades aparecem, seja devido ao gasto excessivo durante o período de festas, seja pelo despreparo com as contas de início de ano. Pensando nisso, o Core-GO entrou em contato com um especialista na área de finanças para trazer as melhores dicas e conselhos para você, representante, neste novo ciclo que está para se iniciar. Almir Ferraz é Contador, Administrador, Mestre em Educação e Professor das disciplinas de Empreendedorismo e Contabilidade, assim como analista do Sebrae Goiás, e nos deu uma breve entrevista sobre o assunto.
“Se a pessoa trabalha dentro de um orçamento, ela terá menos surpresas”, declarou Ferraz. O contador iniciou a entrevista lembrando das dificuldades enfrentadas pelas empresas e empregados no mundo pós-pandemia e os ajustes que precisam ser feitos para se adaptar às mudanças no mercado de trabalho que ainda estão acontecendo. De acordo com ele, a melhor forma de se adaptar é trabalhando dentro de um plano orçamentário e possuindo uma reserva.
Core-GO: Quando você acha que é a melhor época para separar esse fundo de reserva?
AF: Normalmente, a cada ano, nós temos um novo ciclo com base no ciclo anterior, então é importante que já se faça um orçamento: quanto é a minha receita mensal? Quanto que é minha despesa? Quanto que eu preciso ter de reserva? [...] O que eu recomendo, para quem é empregado, é que se tenha um orçamento, faça uma poupança e não gaste todo o dinheiro. Essa reserva vai rendendo de forma potencial. Vamos supor: se você ganha R$3.000,00, você reservou 10%, tem R$300,00 de reserva. No mês seguinte, tem mais R$300, mais a correção e assim vai dentro de um ano e, se acontecer alguma coisa que você não estava esperando, pelo menos há um diferencial em relação àquele que foi menos previdente.
O mesmo vale para as empresas. De acordo com o contador, a reserva de contingência é a melhor forma de não atrasar os compromissos do ano e evitar ficar no vermelho. E para quem já está no vermelho, Almir recomenda cautela. A melhor opção, segundo ele, é que procure orientação quando for administrar suas dívidas de forma que mesmo ao pagar suas contas, esteja ganhando com isso. “Mesmo que você esteja devendo, se você procurar a informação correta, você vai conseguir se livrar daquela dívida, pagando, talvez, o mesmo valor ou menos que isso, porque quem quer receber, de repente, aceita o valor”, explicou Ferraz.
Core-GO: E no caso de empresas que já estão endividadas? Como você imagina que é a melhor forma de se recuperarem?
AF: Se é uma situação momentânea, [é preciso] analisar os fatores. Se a empresa tem uma certa fonte de receita e ela está devendo um valor, se eu pegando a minha receita, tirando as minhas despesas que não podem ser adiadas – impostos, funcionários, encargos sociais –, e não sobrou nada, então ela acha um jeito de combinar com o credor para dividir essa dívida e pechinchar nos juros, para que ela possa fazer de uma forma que não comprometa a empresa.
Por fim, estar ciente do histórico de seus gastos e saber se preparar para o futuro baseado nestes é o principal conselho vindo por parte do contador. Em último caso, dar prioridade para os impostos e compromissos mais urgentes e saber negociar as dívidas que sobrarem é a melhor escapatória. Almir frisa que a criação de novas dívidas com empréstimos não deve ser considerada mesmo em último caso, e que a orientação profissional pode ajudar a escapar de forma inteligente das pendências.
