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Fonte: Agência Brasil
Data de publicação: 3 de junho de 2024
Fotos: Freepik
A Organização Internacional do Trabalho (OIT), ligada à ONU, divulgou um relatório na última semana que prevê uma ligeira queda no desemprego global em 2024. Contudo, o documento alerta sobre o ritmo lento de progresso e a persistência das desigualdades de gênero nos mercados de trabalho.
De acordo com o relatório "Emprego Mundial e Perspectivas Sociais: Atualizações de Maio de 2024", a taxa de desemprego global deverá atingir 4,9% este ano, uma leve queda em relação aos 5% de 2023. No entanto, não se espera uma continuidade dessa tendência em 2025, com a taxa prevista para se manter em 4,9%. Porém, a OIT destacou que o progresso desde 2015 tem sido decepcionante, dificultando a meta de erradicação da pobreza até 2030. A redução do emprego informal também desacelerou, passando de 61,4% em 2005 para 58,4% em 2015, e alcançando 57,8% em 2024.
O número de trabalhadores em empregos informais cresceu de 1,7 bilhões em 2005 para 2,03 bilhões em 2024. Atualmente, 183 milhões de pessoas são consideradas desempregadas, procurando trabalho e disponíveis para iniciá-lo em uma ou duas semanas. Quando se incluem pessoas que gostariam de trabalhar, mas não estão buscando ativamente ou não podem começar imediatamente, esse número sobe para 402 milhões, indicando uma significativa "disparidade de emprego".
As desigualdades de gênero são um grande desafio. Nos países de baixos rendimentos, a disparidade de emprego para mulheres é de 22,8%, comparado a 15,3% para homens. Em países de altos rendimentos, essa disparidade é menor, mas ainda presente: 9,7% para mulheres e 7,3% para homens. Além disso, a participação feminina no mercado de trabalho global é de 45,6%, contra 69,2% dos homens. A desigualdade salarial também é evidente.
No Brasil, a taxa de desemprego, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do IBGE, é superior à média global projetada pela OIT para 2024. No trimestre encerrado em abril, a taxa de desemprego brasileira foi de 7,5%, o menor índice para o período desde 2014, mas ainda acima da média global. O relatório da OIT e os dados do IBGE indicam que, embora haja avanços, o ritmo de progresso no combate ao desemprego e à informalidade precisa acelerar.