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Data de publicação: 13 de julho de 2023
Anunciado nesta terça-feira (11), o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho deste ano foi de -0,08%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ao longo de 2023, o IPCA – indicador oficial da inflação – registra alta de 2,87%, ao passo que, nos últimos 12 meses, a inflação posicionou-se no patamar de 3,16%.
Justificativas
Entre os segmentos que contribuíram para esse cenário, figura Alimentação e bebidas (-0,66%). De acordo com a economista Tereza Fernandez, essa baixa no preço dos alimentos pode ser atribuída “à queda generalizada dos preços dos grãos e todo o impacto na cadeia, assim como uma maior oferta de carne em função de períodos com menores exportações”.
De modo prático, a economista explica que esse índice pode representar melhora no poder de compra do brasileiro. “A comida é o item básico das cestas de consumo, principalmente nas populações de renda mais baixa. Se o preço do alimento cai, as famílias podem comprar outros itens. A renda real significa isso”, explica.
No caso de Transportes (-0,41%), a baixa se justifica pelo incentivo à compra de carros zero km pelo Governo, juntamente com a redução nos preços dos combustíveis, conforme orienta Fernandez. Outros setores, como Artigos de Residência (-0,42%) e Comunicação (-0,14%), também observaram queda.
Expectativas
“A inflação projetada para o ano [3,25%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo] é superior à acumulada até agora [2,87%]. Ela deve se encerrar entre 4,7% e 4,8%”, estima a especialista. Um dos principais fatores para o aumento do IPCA está relacionado ao “efeito estatístico” do segundo semestre do ano passado, quando foi concedida a desoneração dos combustíveis, o que pode contribuir para o crescimento deste índice neste mesmo período de 2023 – algo entre 0,3% a 0,4% ao mês, na previsão da economista.